
Lembro-me ainda de como fiquei pasma ao saber do ocorrido, já era começo de noite e eu estava no carro com meu pai a caminho da faculdade, quando ouvimos no rádio uma notícia: um ex-aluno havia invadido sua ex-escola no Realengo e começado a disparar tiros contra crianças inocentes e após a chegada da polícia, o individuo havia se suicidado. Um drama digno de um dos roteiros mais caros do cinema, não é mesmo?
Antes fosse só um filme, saberíamos que ao acabar a história sairíamos da sala de cinema e tudo estaria como antes. Mas, não foi assim! Aquelas crianças saíram de casa para sua aula e não irão retornar! E as que sobreviveram, mesmo que não estejam muito feridas fisicamente, tiveram suas memórias marcadas permanentemente, enquanto que daqui alguns meses ou anos, aqueles que deveriam fazer algo para colocar mais segurança nas escolas se esquecerão de tudo! E o que nos resta? O medo e a insegurança. Será que Wellington Menezes de Oliveira se tornará um exemplo a ser seguido por outros? Tornara-se ele uma espécie de herói venerado por pessoas que tem sua raiva contida? Pois, se pararmos para analisar os contextos históricos de crimes em escolas, podemos ver que existem muitas semelhanças entre os assassinos, todos tiveram um passado humilhante, solitário e frustrado, não é tão pequena a parcela de pessoas que sofre com isso na população; mas, mesmo assim, não é motivo para tirar a vida de inocentes.

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