6.3.11

Nas Entrelinhas da Maioridade Penal

    Um assunto muito polêmico hoje em dia é a redução da maioridade penal para 16 anos, porém muitas pessoas não sabem como se posicionar perante tal dilema. Entre as pessoas que estão a par da história, existem dois grupos bem distintos: o grupo contra e o grupo a favor da redução.
    O grupo a favor em sua maioria é formado por familiares e pessoas próximas de vítimas que tiveram suas vidas interrompidas por criminosos menores de idade usando como argumento que o menor age como um adulto na hora de cometer o crime, enquanto o grupo contra é constituído de pessoas defensoras dos direitos humanos e alguns psicólogos que argumentam que se o jovem permanecer preso na cadeia com outros marginais, ele sairá pior do que quando entrou devido às influencias que pode sofrer, pois segundo eles, o jovem ainda não tem idade suficiente para ter consciência do que está fazendo.
    Está claro que cada lado defenderá seu ponto de vista e que ambos os argumentos citados são bons. Mas, será mesmo que esta discussão está sendo focada no ponto certo?
    Afinal, se a redução realmente acontecer e os jovens de 16 e 17 anos poderem ser presos, o que impede que estes mesmos jovens repitam o que se passou com eles e comecem a usar adolescentes de 15 anos para cometerem delitos? E se isso vier a acontecer, vamos reduzir a maioridade penal para 14 anos?
    Ao mesmo tempo, nós já temos caso de crianças de 11 anos infringindo leis e até furtando carros continuamente, pois não podem nem mesmo ser mantidas na fundação CASA. Será mesmo que esta criança não sabe o que está fazendo?
    Parece mesmo que estamos em um beco sem saída. Mas, por outro lado, há sim solução para este problema. E a solução é, já que nosso voto não é qualitativo, incentivarmos o voto consciente para que possamos eleger políticos que invistam em educação e em escolas de qualidade, que ensinem aos jovens princípios básicos que eles perdem ao conviver com a violência no seu dia a dia e cada um fazer sua parte orientando os jovens de nossa família ou próximos a nós. E só assim conseguir conscientizar os jovens de sua importância na sociedade. Se eles são nosso futuro, então vamos colaborar para um futuro melhor.

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