Reviro-me muito de insônia
Quando na tenra madrugada
Lembro nítida e tresloucada
Do doce olor de tua colônia.
Puro vão brota desta peçonha,
Fruto que me deixa amordaçada,
Sendo pior que a noite passada,
Humilhada de toda vergonha.
Eu sei que para mim há de voltar
O homem que as noites me preenchia
Sem sequer se valer ou importar.
Despir-me-á como faz à lichia,
Mas que depois eu irei me vingar
Indo-me dele como ele o fazia.
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